Arena 13 por Joseph Delaney

agosto 21, 2016


Lançado no mês de junho através da Editora Bertrand Brasil, Joseph Delaney, mesmo autor de As Aventuras do Caça-Feitiço, agora nos apresenta a história do jovem órfão Leif, que deixou a cidade pequena e as lutas de bastões para que pudesse chegar a Mypocine com seu bilhete azul e ser treinado pelo melhor artífice da cidade, para assim demonstrar sua força e valor como guerreiro dentro do complexo de arenas e enfim chegar até a famosa Arena 13. Contudo, fama e reconhecimento estão em segundo plano para Leif, uma vez que ele está a procura de vingança contra Hob, um ser que  por anos vem aterrorizando as cidades e que por diversas vezes visita a Arena em busca de um combatente para que lute com ele até a morte.

- Siga os ponteiros do relógio - aconselhou Tyron. - À medida que você dá a volta, cada arena representa um nível de habilidade superior. Os novatos nesse jogo começam introduzindo lacs nos níveis mais baixos. Então, gradualmente eles vão galgando degraus. Alguns nunca conseguem - ou querem conseguir -, mas os melhores chegam à Arena 13, onde o método de combate Trigladius tem vigor. - Sua voz agora era um sussurro. - Trigladius é uma antiga palavra que significa "três espadas". Exceto em ocasiões normais, todo o mundo simplesmente diz Trig.

Mas, espera um pouco aí, você não acha que isso resume toda a história, não é mesmo? Para falar a verdade, não é nem metade do que foi criado por Joseph Delaney. Arena 13 tem uma um jogo complexo de lutas e regras que por si só já são interessantes, poderia facilmente uma história ser contada somente dentro das arenas. Eu teria amado esse livro, mas infelizmente não foi bem isso que aconteceu.



O que me atraiu para a leitura, sem dúvidas, foi o fato da narrativa se passar em um futuro distópico bastante curioso, pois algo em meio a todo avanço tecnológico provocou uma ruptura em nossos padrões de vida, fazendo com que parte de nossa cultura regredisse até algo semelhante a Roma Antiga, misturada com uma tecnologia rudimentar - mas avançada ao mesmo tempo, entende? - e o gosto por lutas de gladiadores, que nesse caso não são escravos, mas garotos em busca de fortuna e fama.

O aroma doce do perfume das mulheres, pairava no ar imóvel, misturado com o cheiro de madeira e couros velhos. E havia outra coisa agora. Um odor subjacente de suor, mas algo metálico e azedo também.Com espanto, me dei conta de que era o fedor de sangue.

Mas, vai com um pouco mais de calma se você como eu espera por lutas épicas, nesse primeiro livro da série o autor focou muito no treinamento de Leif e seu relacionamento com os outros garotos, ah, é claro, a garota também. Então, digamos que isso deixou o livro um pouco morno até certo ponto. Contudo, eu não posso descartar a chance que Arena 13 tem para ser uma promissora série de livros, podemos perceber isso pela quantidade de possibilidades que o autor pode explorar, algumas pontas soltas e outras que ainda não nos foram reveladas.


No final, o que me manteve firme para continuar lendo foi a curiosidade em tentar descobrir os elementos do nosso presente que ainda fazem parte desse novo mundo criado, eles estão ali entre uma cena e outra, até mesmo em um diálogo ou personagem misterioso. Por isso, eu diria que você precisa ler o livro para saber o que estou falando rsrs...

Bom, por fim recomendo esse livro mais para o público a quem é destinado, no caso, o infanto juvenil. Quem for da minha faixa etária talvez não se agrade, principalmente se curtir algo mais 300 e Spartacus nesse tipo de enredo e cenário. Enquanto isso, eu fico por aqui aguardando pela sequência e torcendo para que o segundo livro possa nos trazer muito mais ação.


Obrigada Editora Bertrand Brasil pelo envio do exemplar!

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