O que há de estranho em mim escrito por Gayle Forman

fevereiro 06, 2016


Minhas duas experiências posteriores com Gayle Forman (Se eu ficar e Eu estive aqui) foram bem satisfatórias, por isso resolvi apostar no lançamento de janeiro e solicitar O que há de estranho em mim para resenhar aqui no blog.

"Sempre dance conforme a sua própria música", era o que a mamãe costumava dizer para mim. E era assim que ela levava sua vida também. Portanto, eu não saí dos trilhos. Apenas escolhi trilhos diferentes. E é por isso que estou aqui.

Nesse livro, o primeiro escrito por Gayle Forman, conhecemos a história de Brit, uma garota de dezesseis anos, com uma série de rebeldias comuns da idade, isso incluí fazer parte de uma banda, ter um pouco de rendimento baixo na escola e uma relação não muito harmoniosa com a madrasta. Ela acha que tudo estava indo "bem", até descobrir que a viagem que estava fazendo com seu pai para o Grand Canyon na verdade era a sua passagem de ida para Red Rock, um centro de tratamento residencial, uma espécie de reformatório comportamental.

Diagnosticada com TDO - Transtorno Desafiador Opositivo - Brit passa por uma terapia de métodos extremamente duvidosos, como xingar as outras jovens e dedurar as que cometem infrações para enfim chegar mais perto da sua sonhada liberdade. Em meio a esse caos, um forte vínculo inesperado de amizade cresce entre Brit e outras quatros garotas (V, Bebe, Martha e Cassie), na tentativa de se agarrarem a realidade e escaparem, mesmo que por um breve momento, da realidade que estavam enfrentando.


Apesar do tema referente aos métodos utilizados nos reformatórios comportamentais para jovens não fazer muito parte na realidade no Brasil, outros assuntos são extremamente atuais como o descaso de alguns pais com seus filhos, adolescente que querem apenas ser ouvidos, homossexualidade, aceitação e etc.

O mundo estava de cabeça para baixo. Os adultos tinha abandonado seu papel, buscando refúgio em um casulo de ignorância para depois dizer que os filhos é que eram desajustados. Não dava mais para confiar neles. Não havia mais ninguém para nos orientar, para cuidar da gente. Então só restava uma coisa: cuidar de nós mesmas.

O que mais chama a minha atenção nos livros de Gayle Forman, não é necessariamente a história em si, mas a sua escrita delicada para tratar desses assuntos com um público mais jovem, o extremo cuidado dela em virtude do clima pesado. Ela vai preparando o terreno, mostrando que mesmo com a tensão da história a protagonista tem ao seu lado pessoas para se apoiar nos momentos mais difíceis, sejam amigos ou algum interesse amoroso.

Em suma, sou fã dos livros de fantasia, mas tem vezes que o momento pede um livro mais pé no chão, que me abra os olhos para o que está acontecendo na realidade e me alerte para não cometer os mesmos erros que as pessoas ao meu redor cometem. O que há de errado em mim é tudo isso e um pouquinho mais, diria que é um sopro de esperança, dando voz aqueles que pouco ou nunca são ouvidos.


Obrigada Editora Arqueiro pelo envio do exemplar!

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1 comentários

  1. Oie, tudo bem?

    Estou louca para ler esse livro, que já está na minha listinha de desejados para o mês de março. Adoreia sua resenha, parabéns!

    Beijos,
    Dai | Blog Cheiro de Livro Nacional

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