A Rainha Normanda escrito por Patricia Bracewell

janeiro 20, 2016


Aos 15 anos, conforme a vontade do seu irmão, Emma da Normandia atravessou o Mar Estreito para se casar, no lugar de sua irmã mais velha, com o bruto e excêntrico rei da Inglaterra, Aethelred II. Porém, ela não estava preparada e nem pronta para enfrentar seu próprio marido, os filhos deste e a corte, além de todos aqueles, e aquela, que tentariam lhe usurpar a coroa. Ainda, em meio a tudo isso, a Inglaterra enfrentava a invasão dinamarquesa.

Ela fez o circuito da clareira entre os carvalhos, três vezes ao redor e três vezes de volta, sussurrando feitiços de proteção. Houvera um presságio naquela noite (...)

A Rainha Normanda foi um livro que, excepcionalmente, li em um dia, pois minha atual média de leitura é de somente um livro por semana, dependendo até mais. Mas, bem, aí veio uma terrível gripe que me colocou por um dia inteiro na cama, dolorida, sem paciência para assistir TV, mas pronta para ler um bom livro. Confesso que estava procurando por algo light, até mesmo um romance meloso, apenas para me entreter e esquecer da situação em que eu me encontrava (descabelada, olhos inchados, nariz escorrendo e já falei dolorida?). Bom, esse livro cumpriu magnificamente o seu papel, mas não pense que ele era o que eu esperava, tranquilo e sereno, do tipo Julia Quinn, ohhh... Não! Ele foi cheio de intrigas e disputas, condizente com a sua época e a ocasião em que a protagonista se encontrava.

Eles nos mostra o papel das mulheres em uma corte, o que não envolve guerreiras de espadas e línguas afiadas, mas a realidade crua do modo como haviam de se portar e se curvar perante as vontades dos homens, enquanto carregavam dentro de si uma força imensa para aguentar todos os obstáculos e forjar alianças. Assim, nada melhor do que observar o desenvolver da história de Emma desde quando ela chegou a Inglaterra como uma menina ingenua e despreparada para ocupar o lugar de rainha, caindo e levantando, conquistando a confiança e afeição do povo inglês, para enfim se tornar uma mulher mais forte.


Patrícia Bracewell como todo o autor de romance histórico se utiliza de pequenos furos que há na história para criar os personagens e suas personalidades, bem como seu envolvimento em determinados eventos. Ainda, para a criação dessa escrita envolvente os principais documentos utilizados foram a Crônica Anglo-Saxã e o Encominum Emmae Reginae, para o caso de você ser interessado em história.

O amor pertencia a outro mundo. Talvez pudesse ser encontrado após a morte, mas seria imprudente, pensou, procurá-lo durante a vida.

Por fim, vale ressaltar que o enredo fechou certinho, quase sem pontas soltas. Contudo, esse é apenas o primeiro livro de uma trilogia e, pelo visto, Emma da Normandia, agora uma rainha consorte, tem ainda um longo caminho a seguir e um papel a desempenhar durante o período das invasões dinamarquesas.


Obrigada Editora Arqueiro pelo envio do exemplar!

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2 comentários

  1. Estou querendo ler esse livro tem bastante tempo, ainda mais que a proposta me lembra a série "Reign" por se passar em épocas semelhantes se não me engado.

    Beijo,
    http://portaoazul.blogspot.com.br/

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    Respostas
    1. Oi Mariana! A história de Reign se passa em torno de 500 anos a frente de de A Rainha Normanda, mas se você estiver interessada em ficção histórica e uma protagonista forte, tenho certeza de que irá gostar dela também :)

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