Perdão, Leonard Peacock por Matthew Quick

agosto 02, 2014

A chave é fazer algo que marque você para sempre na memória das pessoas comuns.
Algo que importe.




Por isso gosto das maratonas... Tem vezes que possuímos um livro e acabamos não lhe dando o mínimo valor. Ele acaba ficando parado na estante, quase esquecido, pegando poeira porque vamos passam outros que parecem mais interessantes na sua frente, os lançamentos que vão chegando. No momento das maratonas, você acaba se lembrando daquele pobre empoeirado, e quando resolve dar uma chance, ao virar a última página, fica se perguntando onde estava com a cabeça para não ter devorado ele antes.

Houve dias em que Herr Silverman foi a única pessoa a me olhar nos olhos.

Escrito por Matthew Quick, mesmo autor de O Lado Bom da Vida, Perdão, Leonard Peacock chegou até nós no ano passado através da Editora Intrínseca e nos conta a história sobre o dia do aniversário do garoto do título. O dia em que Leonard resolve que irá matar seu ex-melhor amigo e depois a si mesmo com sua P-38 nazista.





É surpreendente como esse livro pode te envolver. Ele é relativamente pequeno quanto ao número de páginas, mas absurdamente intenso e grande em questão de narrativa. Sinto que nenhuma das minhas palavras seriam suficientes para expressar o quão bom esse livro foi, ao ponto de fazer com que meus olhos transbordassem de lágrimas em alguns momentos, me fazendo engolir a seco para esconder as emoções em público.



Leonard é um personagem cativante, inteligente, sarcástico e despedaçado. A vida, perdoem a palavra, fode com ele inúmeras vezes. Você torce tanto, mas também sofre ao seu lado. São tão poucas pessoas que fazem bem a sua vida (para ser mais exata: apenas 3!).

(...) cada americano é livre para fazer o que quiser aqui neste grande país supostamente livre. Por que não usam sua liberdade para buscar a felicidade?

No início você pode achá-lo um rebelde sem causa um tanto perturbado, mas com o passar dos capítulos percebemos que a muito mais por trás de cada palavra e atitude. Os debates morais estão ali presentes, muitas vezes parecia que havia um adulto enfrentando os problemas na pele de um adolescente.

Desculpe, serei piegas, pois esse é um livro com lugar cativo no meu coração.




A Música



Por algum motivo, desde o começo associei o livro com o álbum American Idiot do Green Day. Juro que não estou mentindo! Surpreendentemente, não é que há uma pequena referência a banda no livro? Foi impossível escolher apenas uma música, por isso resolvi escolher uma que provavelmente todos conhecem, pois acredito que Boulevard of Broken Dreams se encaixa perfeitamente com o personagem e o enredo.

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1 comentários

  1. Adoro esse autor, e essa banda! (:
    Seguindo, beijo!

    www.staffbooks.blogspot.com.br

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