Trilogia Grisha #02: Sol e Tormenta por Leigh Bardugo

dezembro 10, 2014

"Você tem medo de mim, Alina?"
"É isso o que você quer, não é?"
O Darkling deu de ombros. "O medo é um aliado poderoso", ele disse. "E leal."

Ei! Essa é uma resenha sem spoilers. Se quiser conferir minha opinião sobre o primeiro livro clique aqui.



Os livros jovens-adultos muitas vezes possuem histórias muito boas, mas que se perdem com o passar das continuações, principalmente no segundo livro, talvez pelo medo dos autores de entregarem o jogo antes da hora. Sim, vocês conhecem "a maldição do segundo livro". Então, podem imaginar que eu comecei a leitura de Sol e Tormenta com um pé atrás, deixando a poeira de adrenalina do primeiro livro passar antes de me aventurar novamente pela Trilogia Grisha.



Agora posso dizer que felizmente Sol e Tormenta não deixa nada a desejar, o enredo continua tão bom quanto o do primeiro livro. Tem bastante cenas de ação (adoro!) e um romance sem juras de amor a cada meia página, embora o mocinho tenha um ou dois ataques de pelanca, aos quais deixei passar rsrs

"Você sabe qual o problema com os heróis e santos, Nikolai?", perguntei, fechando o livro e andando em direção à porta. "Eles sempre acabam mortos."

Alina Starkov, a personagem principal, mostrou-se cada vez mais forte e um tanto destemida nas suas atitudes, impondo-se quando necessário. Embora, dentro de si ainda guarde certos receios e temores, até mesmo dúvidas, que são compreensíveis de acordo com sua posição na história e idade. Ela começa a perceber a extensão de seus poderes e toda a carga que terá que suportar. Uma perfeita sincronia entre o crescimento do enredo e da personagem se forma ao passar dos capítulos. 



Devo acrescentar outro ponto positivo na escrita de Leigh Bardugo ao introduzir novas figuras carismáticas na trama, construindo um bom núcleo de personagens principais e não descartando os secundários. Todos estão ali por algum motivo, ninguém é simplesmente descartável.

(...) agora era como se a Dobra viesse até mim, me dando as boas-vindas. Eu sabia que não fazia sentido. A Dobra era um lugar morto e vazio, não uma coisa viva.

Para os que leram Sombra e Ossos eu acho que devem estar se perguntando: e o Darkling? Ele é um dos fios principais que movem a trama. Presença constante no primeiro livro, agora é quase uma espécie de sombra que atormenta Alina. Eu simplesmente adoro quando ele rouba a cena, chego a vibrar quando ele aparece, pois é aquele tipo de personagem complexo. Sempre quero mais um pouquinho dele.



Já elogiei enredo e personagens, agora não posso deixar de comentar que os cenários e as lendas estão cada vez mais interessantes e atrativos, bem construídos. Ah, e claro, a edição da Editora Gutenberg que continua linda, seguindo os padrões do primeiro livro.

Espero ansiosamente pelo terceiro e último da trilogia: Ruin and Rising. Aposto que vem muita coisa incrível por aí!


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