O Inimigo de Deus por Bernard Cornwell
outubro 15, 2014Fale de Artur, diz ela, do Artur dourado, nossa última e melhor esperança, nosso rei que nunca foi rei, o Inimigo de Deus e flagelo dos saxões. Fale de Artur.
Sabe aquele livro que você deseja que nunca acabe, então, O Inimigo de Deus é um deles. Escrito por Bernard Cornwell, o segundo livro da trilogia As Crônicas de Artur começa exatamente onde seu antecessor parou e para minha felicidade mantém uma narrativa empolgante. Com o passar dos capítulos, vi as tramas se desenvolverem cada vez mais e por diversas vezes perdi a noção de tempo e lugar.
Apenas para vocês terem uma ideia da minha empolgação, houve certo momento em que parei no meio do livro para pensar um pouquinho sobre tudo o que havia visto na história até ali e percebi que era tanta, tanta coisa que eu fiquei boquiaberta com a sensação de ter lido dois ou três livros ao invés de um único.
Derfel... MEU PERSONAGEM MASCULINO FAVORITO DA VIDA! O companheiro de batalha que eu gostaria de ter ao meu lado em uma parede de escudos.
- Está no seu rosto Derfel. Esta noite, quando passou pelo portão, você só precisava de uma capa de urso preto para ser ele. - Merlin sorriu. - Lembro-me de você como um garotinho sério, cheio de perguntas e com a testa franzida, e esta noite chegou como um guerreiro dos Deuses, uma coisa aterrorizante feita de aço, ferro, pluma e escudo.
Derfel... MEU PERSONAGEM MASCULINO FAVORITO DA VIDA! O companheiro de batalha que eu gostaria de ter ao meu lado em uma parede de escudos.
O quê posso dizer sobre o livro sem soltar um spoiler? Tarefa difícil diante de tamanha empolgação ao escrever e gritar para o mundo “LEIAM!”, mas... Challenged Accepted!
O território da Britânia esta sob uma crescente tensão desde o primeiro livro e quando você pensa que o problema esta sendo encaminhado para uma solução, surgem outros mil. A invasão dos saxões continua e a propagação do cristianismo cresce em meio a esse cenário para perturbar ainda mais a vida dos personagens. Sem contar que o herdeiro do trono Pendragon não é lá muito “flor que se cheire”, para falar a verdade ninguém é, pois surpreendentemente até mesmo Artur é um daqueles famosos personagens cinzentos.
Por falar em personagens, como sempre eles estão muito bem construídos. A surpresa da rodada foi Ceinwyn, que em determinado momento nos mostra que por trás de sua aparência delicada, existia uma pessoa de opinião forte. Agora, argh! sempre tem que ter aqueles que desde o primeiro momento desejamos dar um belo pé na bunda, Guinevere e Lancelot formam uma duplinha parada dura, astuta e perigosa, mas me irritam a tal ponto que eu prefiro os saxões. Isso nos mostra que Artur tem inimigos em todos os lugares, principalmente ao seu lado. Como não gostar?
Nós vencemos a batalha.
Igraine vai querer que eu diga mais. Ele quer grandes heroísmos, e eles aconteceram, mas também houve covardes, e outros homens que sujaram os calções de tanto terror e mesmo assim mantiveram a parede de escudos, Houve homens que não mataram ninguém, simplesmente se defenderam desesperadamente, e houve os que deram aos poetas novos desafios para encontrar palavras e expressar seus feitos. Resumindo, foi uma batalha.
2 comentários
Cornwell é excelente! Li o primeiro dessa trilogia, o segundo está aqui e pretendo ler um dia. Ele tem uma escrita realmente genial e acho que é um dos melhores autores contemporâneos :)
ResponderExcluirBeijos
Iris - literalmentefalando.com.br
Concordo plenamente, Cornwell é um excelente autor!
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