Tem o meu coração de leitora nas mãos esses autores de fantasia que na obra de estréia já começam com o pé direito. Acho que vocês já podem imaginar que Brent Weeks é um deles, pois, então... Caminho das Sombras, publicado originalmente em 2008 e lançado no Brasil através da Editora Arqueiro em março desse ano, é o primeiro livro da Trilogia Anjo da Noite.

Quando eu digo "mate", você mata. Não no dia seguinte, nem cinco dias depois. Você mata no mesmo segundo. Sem hesitação. Sem dúvidas. Sem titubear. Obediência. Entende essa palavra? Eu sou mais experiente. Você não sabe de nada. Você é isso que está na sua frente. Fraqueza. Imundície. 

Azoth veio das Tocas, a parte pobre e imunda de Cenaria, dominada por inúmeros bordéis, guildas de assaltantes e crianças órfãs sob o controle da organização Sa'káge. Sofrendo constante agressões de todos os tipos, Azoth ao onze anos é um garoto que sabe o significado de viver constantemente com o medo, mas tudo parece ruir quando ele compra uma briga com Rato, o Punho de sua guilda prestes a assumir o poder, é tudo uma questão de tempo, ele promete infernizar a sua vida e a de seu dois únicos amigos, Jarl e a Menina-Boneca. Essa ameaça podia ser considerada sua sentença de morte, mas a esperança surge quando pela primeira vez cruza o caminho de Durzo Blint.

Durzo Blint é o melhor derramador de todos os tempos, as sombras da noite o acolhem e sua fama o precede, tonando-o uma lenda viva, o melhor entre os melhores dos assassinos. Ele é a esperança de Azoth, que deseja se tornar o seu aprendiz.

Em contrapartida, para isso acontecer Azoth deverá adotar uma nova identidade, atendendo pelo nome de Kylar Stern, abandonando sua antiga vida para mergulhar fundo em seu treinamento e adotar uma vida solitária. O assassino perfeito não tem vínculos, apenas vítimas.

O mundo construído por Brent Weeks instiga o leitor. Azoth/Kylar começa como aquele personagem clichê que adoramos, vai crescendo com o passar das páginas diante dos nossos olhos, suas fraquezas são postas a prova todo o instante, uma vez que Durzo o treina a ferro e fogo para que se supere dia após dia, mas a sua força de vontade é tão grande que cria aquela famosa empatia entre leitor e personagem.

Mas não pense que somente ele terá a sua história desenvolvida, os outros personagens foram todos muito bem utilizados, possuem a sua própria história, cada um com seu papel muito bem encaixado para mover a trama, nenhum meramente descartável. Durzo e sua história guardam de nós inúmeros segredos, a cortesã Mama K, que participa significativamente do aprendizado de Azoth, também foi ganhando seu espaço, Logan Gyre, uma das novas figuras na vida de Azoth quando se torna Kylar, é aquele nobre cavaleiro de armadura dourada das histórias que ganhou toda uma subtrama bem desenvolvida, até mesmo Solon, tutor de Logan, tem muitas coisas a nos revelar, sem contar as figuras da antiga vida de Azoth.

A vingança vem de um amor pela justiça e de um desejo de reparar os erros. Mas a vingança é uma maldição. Três faces tem o Anjo da Noite, avatar da Retribuição: Vingança, Justiça, Piedade.

Caminho das Sombras, não minto, talvez tenha uma ou outra coisa confusa para mim em sua passagem de tempo e desenvolvimento, mas o fato é que me deixou empolgada com uma série de reviravoltas ao longo do seu caminho. Por exemplo, ela tem a sua parte de fantasia também, não desejei contar sobre ela aqui, pois no início como eu não sabia do que se tratava e como seria desenvolvida, descobri com surpresa e empolgação durante a leitura algo que pode ser ainda mais expandido com toda a questão de intrigas políticas e uma possível profecia. Já contei que tem intriga política? E uma possível profecia? rsrs...


Por essas razões não contei tudo e nem gostaria de contar, deixo que você descubram sozinhos assim como eu. Chega por hoje, está mais do que recomendado esse livro, vai lá ler!

O livro A Profecia do Paladino, primeiro livro da série do autor Mark Frost, conhecido roteirista, diretor e escritor americano, suas principais obras são a série “Twin Peaks”, e o livro best-seller “The Greatest Game Ever Played” que originou o filme de mesmo nome em 2005, e o roteiro de “Quarteto Fantástico”. Não conhecia o autor até receber o exemplar da Galera Record (muito obrigada pelo envio!), mas pela sinopse do livro fiquei bem interessada, já que prometia uma grande aventura de ficção. Assim comecei a leitura com essa expectativa. Não vou mentir, já começa com ação e perseguição. Mas mesmo assim, achei o início um pouco clichê. A verdade é que os detalhes lidos só vão se encaixando, conforme a leitura flui para o final. Pois, assim, temos a mesma sensação do personagem principal, que é de pura ignorância quanto ao que está acontecendo em sua vida. Ao mesmo tempo, tentamos desvendar os mistérios com ele. Mark Frost, escreve um mundo completamente novo, e precisamos nos adaptar a “linguagem”, os nomes de todas as coisas novas (entendedores, entenderão, rs). Há também uma crítica marcante, mas ao mesmo tempo sutil de Frost a organização da sociedade de hoje, que realmente nos faz pensar.

A história é sobre um menino de 15 anos, Will West, que mora com os pais em Ojai, cidadezinha ao Sul da Califórnia, na verdade, Will, já estivera vivendo em diversos lugares diferentes, pelo trabalho do pai, que é cientista. As coisas já começam a dar errado para Will no primeiro capítulo, em que precisa fugir de homens estranhos em sedãs pretos, sem saber o motivo, enquanto treinava de manhã para o cross-country, esporte que pratica. A questão é que quando consegue chegar a escola, a Dra. Lilian Robbins o espera para recrutá-lo para o Centro, uma das escolas mais prestigiadas do país, de acordo com a nota excepcional que tirou em uma prova que fez na escola. Os seus pais sempre disseram que ele deveria chamar pouca atenção, e com a perseguição e a prova, isso só faz com que o menino se preocupe com a sua segurança e a de seus pais. Sempre seguindo a “Lista de Regras do Papai de Como Viver” (que com certeza vou fazer uma cópia e colar no espelho, rs, de tão incríveis), Will vai de encontro a grandes desafios, e novas amizades que encontrará no Centro. 

Gostei muito da forma que o autor descreve todas as habilidades e as descobertas dos personagens, que são todos muito carismáticos e com personalidades únicas, a única personagem que não fez muito sentido para mim ao longo do livro foi Brooke, que pareceu um grande clichê. Mas, como é apenas o primeiro livro, acho que ainda vou ver muito mais dela por aí. O que dá para perceber é a evolução de todos, de meros estranhos, para amigos incríveis que dariam suas vidas pela amizade. Incrivelmente, não tem tanto romance como achei que iria ter, e fico feliz que o autor focou muito mais no enredo, na ação, e no suspense que foram muito bem escritos. Recomendo a série para quem quer uma história divertida (há muita comédia na narrativa, também), que faz pensar nas nossas tradições e no futuro da humanidade, cheia de mistérios, que só vão poder ser desvendados com clareza em muitas páginas futuras, e com um final que deixa um gostinho de quero mais. 

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Oscar de melhor filme, Filmes a que assisti recentemente, Diretores preferidos... Essas são uma das váááárias listas organizadas pelo Livro de Marcar Filmes, um item indispensável aos apaixonados por filmes que querem organizar/catalogar suas listas de uma forma bastante interativa ou aspirantes a cinéfilos preparados para longas maratonas temáticas.

Quando chegou esse livro em casa, foi uma empolgação. Era o que eu estava esperando como aspirante a cinefilia rsrs... Categorias e mais categorias, listas para guardar aqueles personagens e frases favoritas, além daqueles diretores que tanto amamos. Mas, sabe como é, as provas não deixaram, mas nada que maratonas e mais maratonas não resolvam.

Infelizmente não tenho como compará-lo de acordo com seu primogênito, o Livro de Marcar Livros, mas posso dizer que vai ter aquela vozinha na sua mente insistindo para que assista todos os filmes, até mesmo tentar aqueles para os quais nunca deu atenção. Ouso dizer que ele seria um delicioso acompanhamento para se ter ao ladinho de 1001 filmes para assistir antes de morrer, ou biografias de diretores e concept arts dos filmes. Tudo isso estou dizendo por experiência própria.

Então, quem sabe nós fazemos uma maratona juntos? Estou aberta a convites rsrs...