O Protegido, obra de estreia no mercado editorial do autor Peter V. Brett, nos narra a história de um mundo dominado pelo medo da noite, momento em que surge uma misteriosa ruptura entre essa e outra dimensão, permitindo com que criaturas demoníacas submersas nas profundezas da escuridão brotem da terra para devastarem pequenas vilas e manterem cidades livres dentro de muros protetores.
A únicas armas, até então conhecidas, contra essas criaturas são antigas Runas de proteção desenhadas por todos os cantos, mas, mesmo elas, não são mais capazes de deter os cruéis monstros que se multiplicam dia após dia.
Desesperada e temerosa, Leesha fez a única coisa que podia. Chorou. Chorou pelos mortos, pelos feridos e por si mesma. Em uma aldeia com pouco mais de quatrocentas pessoas, não havia ninguém cuja morte não a ferisse.
Em meio a esse cenário de desespero somos apresentados a três figuras protagonistas. Arlen que vive sob a proteção dos seus pais e que se recusou a abandonar sua coragem, uma vez que se agarrou a ela no momento em que precisou proteger sua família e depois quando decidiu partir em busca de ensinamentos. Leesha que após suas desavenças com a mãe descobriu sob a orientação de Bruna, a velha ervanária de sua vila, o prazer de ajudar aos feridos e buscar por mais conhecimentos. E, ainda temos, Rojer que perdeu seus pais quando tinha três anos de idade e foi criado por um menestrel, uma rapaz novo com um talento peculiar para a música mesmo que esteja lhe faltando um dedo da mão.
Preciso ir diretamente para o ponto que mais me encantou nesse livro: Os personagens. Pessoas comuns, que vivem em um mundo marcado pelo medo constante das criaturas que surgem assim que chega a noite, eles estão em meio a uma multidão de pessoas que perderam as suas esperanças e apenas tem a certeza de que a morte chega uma hora mais cedo ou mais tarde. Arlen, Leesha e Rojer, são jovens sobreviventes que optaram por lutar, aprenderam, estudaram e batalharam para adquirir todo conhecimento que podiam sobre o seu papel, seja para se tornar um exímio guerreiro, curandeiro ou menestrel.
Estive tão ocupado pensando contra o que estava lutando que esqueci do motivo pelo qual lutava. Durante toda a vida não sonhei com nada além de matar demônios, mas do que adianta acabar com eles nas florestas e ermos, e ignorar aqueles que assombram os homens todas as noites?
O Protegido é um livro com muitas cenas de ação empolgante e personagens carismáticos, a leitura flui rapidamente entre um capítulo e outro sem perder o ritmo. É prazeroso e divertido.
Sabe aquele ditado "nunca julgue um livro pela capa"? Puf... Em tempos de DarkSide dá gosto folhear um livro desses. Capa dura de material aveludado e verniz localizado, papel amarelo de ótima qualidade e até mesmo uma daquelas fitas para marcar a página. É cuidadoso o trabalho gráfico da editora e contribui para tornar a leitura o mais prazerosa possível, mas peca na questão da finalização e revisão do texto, letras faltando, um parágrafo ali no meio um tanto quanto mal redigido, não chega a atrapalhar o momento da leitura, mas alguns leitores mais exigentes podem se incomodar com isso. Contudo, não dá para deixar um livro desses de lado.
Sabe aquele ditado "nunca julgue um livro pela capa"? Puf... Em tempos de DarkSide dá gosto folhear um livro desses. Capa dura de material aveludado e verniz localizado, papel amarelo de ótima qualidade e até mesmo uma daquelas fitas para marcar a página. É cuidadoso o trabalho gráfico da editora e contribui para tornar a leitura o mais prazerosa possível, mas peca na questão da finalização e revisão do texto, letras faltando, um parágrafo ali no meio um tanto quanto mal redigido, não chega a atrapalhar o momento da leitura, mas alguns leitores mais exigentes podem se incomodar com isso. Contudo, não dá para deixar um livro desses de lado.